quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Reza o Código de Estrada que...

...é proíbido parar/estacionar nas rotundas.

No entanto, e mesmo sabendo que um veículo da autoridade está isento por inerencia a esta proibição, é impressão minha ou vejo cada vez mais operações STOP feitas nas rotundas da cidade? A rotunda por detrás do Oita é um crivo de controladores de tráfego e veículos parados. Invariavelmente, quando passo por lá, noto que existe um contingente polícial estacionado a mandar parar alguns veículos na mesma rotunda. Nas horas de ponta nunca falham! Por volta das 17.30h - 18.30h lá se encontra um piquete estacionado. E muitas vezes veículos que têem de se desviar da sua própria rota para obedecer à autoridade. 

Tratando-se de um local onde toda a atenção tem de ser redobrada, uma operação daquelas naquele local, não trará mais um perigo acrescido?

Quem diz a rotunda do Oita, também pode acrescentar a da Forca, a do Hospital, entre muitas outras.

Será impressão minha, ou é mesmo assim? Quer dizer... não haverá outros locais mais apropriados para se efectuarem as operações (necessárias, sem dúvida!) sem que se coloquem em risco o tráfego automóvel minorizando os riscos de acidentes?

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Até quando?

Se há algo que me mete espécie, é o atraso na remoção dos cartazes eleitorais. Como se não bastasse termos de aturar com autênticos atentados à imagem urbana que são os outdoors, mupis, entre outros, que por vezes ferem a paisagem, temos de gramar com cartazes de tamanhos variados, espalhados um pouco por todo o lado, diria que "ad aeternum", até que alguém se lembre de os remover.

Não sei se a Comissão Nacional de Eleições (ou lá como se chama o organismo que tutela este direito cívico) tem nos seus regulamento internos alguma disposição que verse sobre este assunto. Da mesma forma que é respeitado o período de reflexão pré-eleitoral, deveria ser obrigatório que se removesse toda aquela parafernália propagandística que, ainda hoje, prolifera pela cidade sob pena de coima por dia após esse acto. 

Qualquer rotunda nesta cidade está poluída por cartazes que há muito já lá não deveriam estar. É ruído visual a mais por quem circula na cidade. Pergunto: Até quando?

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Contradições

Chegou-me recentemente a este espaço, um comentário de alguém que se sentiu indignado sobre as afirmações de um bloguista aveirense, "jornalista e formador" como se apresenta onde descreve (citando o próprio) que "Aveiro é uma cidade de merda." (artº "Dor e Ódio", de 31 de Outubro).

Relativamente a esta afirmação tenho a declarar o seguinte:

- É uma contradição alguém tecer uma afirmação deste calibre num blog que se intitula "Aveiro Sempre".
A menos que o senhor se trate de alguém com predisposição para mexer em matéria fecal - é jornalista e neste campo se ainda não teve o condão de separar o trigo do joio, acredito que trabalhe com muita - posso atribuir-lhe um "quoi" de razão. Apenas e só. Nunca se deverá contrariar quem fala com conhecimento de causa, e eu, que pouco ou nada percebo de merda, estarei aqui para aprender. Mas prefiro continuar na santa ignorância pois prefiro deixar isso para tal douta criatura.

- É de uma imbecilidade tremenda, confundir-se a cidade com o Beira-Mar. Há cagaréus de gema que nunca foram sócios daquela colectividade ou que nunca tiveram por ela qualquer espécie de vínculo. O sr. Pedro Neves, comparou-os, portanto, a habitantes da merda;

- Os cagaréus, como os bicudos, ceboleiros e outros que, mesmo tendo algum carinho pelo Beira Mar, não o endeusam a ponto de confundir as duas coisas serão, segundo o sr. Pedro Neves, outros habitantes da merda;

- Todos os que votaram em Élio Maia, são, por conseguinte, habitantes da merda. Da mesma forma, os que não o fizeram e que se estão a borrifar para o Beira Mar, também serão, segundo as palavras do sr. Pedro Neves, habitantes da merda.

- O Galitos, o CENAP, o Esgueira, o Recreio Artístico, o Estrela Azul, entre outros, por atacado, também são sócios e habitantes da merda, segundo as palavras do excelso e muy douto sr. Pedro Neves.

- Ou seja, safam-se aqueles a quem, tão amistosamente o sr. Pedro Neves teve o dom de não barrar os comentários nesse artigo. Porém, como pessoas que supostamente vivem cá, não sendo habitantes da merda, poderão ser eventualmente denominados, moscas da merda, certo?

Sr. Pedro Neves: até há bem pouco tempo, eu poderia tê-lo em consideração. Não o conhecendo pessoalmente, (e agora nem sequer querendo ter esse privilégio) julgava-o uma pessoa a quem se deveria dar algum crédito pela informação constante no seu blog. Pelo menos no referido acima. Neste momento, o sr. não merece um mínimo de credibilidade. Está descontente com a cidade que (se calhar) o viu nascer a ponto de lhe atribuir esta comparação? Meu caro, Aveiro não precisa de si. Saia. Vá pregar para outra freguesia, de preferência para qualquer uma que não pertença à nossa região. Aveiro acolhe bem as pessoas. Mas acredite, ignorará facilmente quem a tratará mal. E mais do que se atirar ao ar por aquilo que os outros fazem ou deixaram de fazer, escorraçam quem a trai. Neste momento, com essa afirmação, o Sr. está definitivamente fora do barco.

Não há cidades perfeitas e Aveiro está longe de ser um exemplo. Como todas as outras. Cada qual, terá os seus próprios pruridos, as suas próprias maleitas. Mas invariavelmente, não se confundem com os Clubes mais representativos. Já havia muito Aveiro antes de alguém ter "inventado" o Beira-Mar. A idade deste clube é uma migalha comparada com a história de Aveiro. Só um néscio se lembraria de confundir as coisas.

Com a mesma legitimidade que o senhor julgou ter quando escreveu tal coisa, aceite o meu conselho:
Vá  bardamerda!

Por falar em avenida...

Não me querendo imiscuir na tarefa que os meus colegas bloguistas dos amigos da avenida decidiram levar em diante, e talvez remetendo-me à posição de mera curiosa e observadora, surgem-me de repente algumas questões.

Uma delas tem a ver com  o piso em paralelo. Será o mais adequado áquela artéria aveirense?

Este tipo de material não terá um desgaste assim tão grande. Ou pelo menos, tendo-o, notar-se-á a longo prazo. A erosão, o choque e as cargas constantes a que está sujeito, desgastam qualquer tipo de solo e o paralelepípedo não fugirá à regra. No entanto, estou em crer que há uma disparidade "morfológica" naquela avenida que a todos salta à vista: as árvores da placa central e o dito paralelo não "casam". Ou se casam estão sempre em conflito. Existem zonas onde se nota um abate, uma concavidade no piso que, pressupostamente não deveria existir. No entanto, em termos de escoamento de águas pluviais e outras, o material parece-me perfeitamente ajustado. O mesmo já não se pode dizer onde as superfícies pontualmente, se encontram desgastadas ou polidas, o que, à mais pequena travagem podem originar alguns problemas.

A meu ver, a Dr. Lourenço Peixinho, (perdoem-me os defensores mais acérrimos) não beneficia em nada com a presença de árvores daquele porte. O próprio mobiliário urbano (o pouco que vai existindo, especialmente os candeeiros) poderia já ter sido trocado por outros mais eficientes, menos altos, mas decididamente mais "luminosos". Se alguem eventualmente achasse que o verde beneficiaria aquele traçado, nada como uns arbustos. Uma fileira central numa avenida com duas faixas de rodagem em cada sentido e isenta de estacionamentos (alargando assim os passeios) seria mais que suficiente para se tornar uma avenida que, quanto a mim peca pela falta de traço, incaracterizada, portanto, num local mais aprazível, mais aberto, mais airoso.

Infelizmente, (mais uma vez uma opinião meramente pessoal) se a Avenida é uma referencia local, muito se deveria estudar, pensar, projectar e elevar, no sentido de se tentar caracterizar um espaço que - quanto a mim - merecia muito mais que uma total desorganização arquitectónica. Lamento dizê-lo, mas a nossa avenida será a mais feia que já vi na minha vida. A transição do velho para o novo não foi de facto bem conseguida, e tendo-se catalogado de interesse arquitectonico mais recentemente alguns (muitos) edificios em estado de deterioração cada vez mais evidente, compõe um quadro não me agrada de todo.

Se por um lado essa via se desertificou com a chegada do Fórum, por outro nada foi pensado "com pés e cabeça" para se recirar a avenida para algo menos comercial para algo, quiçá mais cultural ou lúdico. Admitiria de bom grado apenas os atravessamentos (alguns) existentes. Mas nunca a ideia radical de o vedar total ou quase totalmente, tornando-a numa "Rambla".

Infelizmente, não possuo meios suficientes para avaliar qual (ou quais) projectos foram pensados para aquela via. Apenas espero que isto tudo não se trate de mais um projecto de gaveta e que saia definitivamente do papel. Aveiro merece-o.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

o fim do mundo?

Soa por aí a extinção do S.C. Beira Mar. Isto pode soar a fatalista mas é de facto uma realidade. Não é algo que me surpreenda e longe de mim, estar armada em velha do Restelo ou arauta da desgraça. Sinto-me apenas como uma mera observadora deste fenómeno local.

Apesar de todo o ecletismo que o caracterizou, há que ter em conta que muito do que o clube deu à cidade passou pelas actividades (ditas) amadoras. Estou certa que se juntassem todos os troféus do clube, estas teriam mais recordações que o próprio futebol. É claro que não se compara uma Taça de Portugal a um campeonato de Xadrez em infantis. Mas mesmo assim, apostaria num somatório de triunfos muito maior nas amadoras do que no futebol profissional.

E, quanto a mim, a razão principal para o descalabro iminente, é precisamente isto. Todas as actividades viveram à pala do futebol. E da mesma forma, estavam condicionadas ao que aquilo que o Clube de Futebol ditava para elas.

Recordo-me do Andebol. Que se não me engano, chegou a ombrear com os clubes da primeira linha na divisão principal. E (por artes mágicas) teve de ver a sua secção encerrada. O Basquetebol, das décadas de 80-90 (antes da criação da sociedade desportiva Aveiro-Basket) que tantas alegrias conseguiu trazer ao velhinho pavilhão do Alboi. Mais uma vez, a mão de um Houdini qualquer decidiu que, a bem do clube, aquela secção teria de ir para "banho-maria", renascendo uns anos mais tarde, partindo do zero e, nos dias de hoje, disputando um campeonato onde "já dói". Havia uma secção de Patinangem. Havia uma secção de Boxe. Apareceu o Futsal. Há um Judo. Triatlo. Paintball e Bilhar. Mas, factor eternamente comum, um Clube de  Futebol a mandar em tudo o que é amador.

Mesmo tratando-se de actividades com algum retorno financeiro, havia que pagar sempre o "imposto" ao desporto-rei. E enquanto el-Rei dispusesse e teimasse em confundir a colectividade com apenas a tribo do "chuto na bola", não haveria grandes hipóteses das amadoras se afirmarem de pedra e cal como irmãos do mesmo pai. Foram sempre vistos como enteados ou primos afastados. De orçamentos irrisórios, à falta de comunicação e percepção de tudo o que se estaria a passar à volta, eis que el-Rei se depara com uma situação estranha: não tem herdeiros directos. E não havendo herdeiros, e estando a instituição que o alimenta moribunda, não tardará a dar o "triste pio" e levar consigo um cortejo de carpideiras atrás.

O Beira Mar, ao contrário do que muita gente pensa, nunca foi, não é nem nunca será apenas o futebol. Provavelmente, em consequência dos divórcios e clivagens provocadas com as amadoras, está o clube a passar pelo que passa. Sempre se viu o Futebol do Beira Mar como a encarnação do próprio clube, e aqui, quanto a mim, residiu a razão principal deste cancro galopante que se avizinha pouco auspicioso.

Poderão, claro está, apontar razões de ordem financeira. O Futebol tem mais visibilidade, o futebol aufere de rendimentos superiores, ou outra razão qualquer. Até podem dizer que o futebol atrai mais gente...

Atraía! Se nos referirmos às enchentes ou a molduras bem compostas no velho Mário Duarte, concordo em absoluto. Mas também concordará o leitor que, insucesso atrás de insucesso, nem um estádio novo poderá servir de engôdo para o que quer que seja. Pessoalmente, acho que mais do que um virar de costas da cidade para com um clube, houve um desgaste. Dos grandes. Depois de tanto se dizer e pouco fazer, depois de ano após ano se lutar para não descer, ou lutar para subir, ciclicamente num movimento de sobe-e-desce, sem projecto a médio-longo prazo sustentado e coerente com os orçamentos reais da colectividade, as pessoas fartaram-se. 

O clube é o principal culpado da situação. Não atirem pedras a quem vos estendeu a mão, quem vos financiou durante anos, porque, temos ao lado, clubes com um orçamento infinitamente menor que continuam vivos. 

Sou de opinião que agora é tarde para chorar. Ao menos que - a morrer - morra com dignidade. Como a cidade merece. E em honra de todos aqueles que suaram as vossas camisolas. Fossem profissionais ou amadores.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Quando nos metem a mão no bolso...

(Isto não terá nada a ver apenas com a cidade, mas com o país todo.)

Se há coisa que nos mete (a todos) confusão, é quando, ao abrigo de uma lei qualquer, daquela recônditas em que ninguém ouviu falar, mas que existem, nos metem a mão no bolso. E ainda nos fazem passar por parvos. Não há lar neste país a que isto não suceda e, por estranho que pareça, ninguém faz barulho.

Normalmente entra-nos caixa do correio adentro, dissimulada algures nas facturas da EDP. É essa mesmo:

A Taxa de Audiovisuais ou (agora) "Contribuição áudio-visual" que nos leva de dois em dois meses cerca de € 3,50.

Mas que taxa é esta? E serva para quê afinal? É para podermos ter uma TV ligada? E porquê aquele pagamento? E se não tivermos TV? Pagamos à mesma?

Sou administradora do prédio onde moro. É incrível como as partes comuns do prédio (escadas, garagens, halls do prédio) estão debaixo da alçada de uma taxa destas, com se fosse normal alguém instalar um aparelho de TV nesses espaços! Mesmo um qualquer alpendre para guardar alfaias agrícolas leva com a taxa de audiovisuais em cima! Ou um galinheiro ou um curral!

No entanto, é estabelecido pela própria empresa que "esta taxa é obrigatória. Apenas estão isentos dela, todos os que consumam menos de 400kWh e serve apenas para financiar o serviço público de radiodifusão e televisão." Basicamente é simples: Quem tiver TV e não tiver um consumo inferior ao indicado, "leva" com a dita taxa.

Não deixa no entanto de ser estranho. Hoje em dia, a TV por cabo está mais do que instalada no país. Por isso, porquê pagarmos por um serviço onde não há referencia (nem física nem estrutural) de radiodifusão. Mais bizarro é o facto de "estarmos isentos" apenas e só se reclamarmos, pois a empresa não distingue o uso para o qual se está a fazer um contrato. Seja numa bomba de gasolina aberta 24h ao dia, seja num curral, a dita taxa é incluida no mesmo. E nas escadas dos condomínios então nem se fala...

Mesmo com a DECO ao barulho, a EDP limitou-se a defender-se explicando que se trata de um tributo ao fornecimento de energia. Mas, pergunto eu, as contas que há para pagar, mais o IVA, não serão já por si, tributos mais que suficientes? Num milhão de facturas, quanto não mete a EDP ao bolso? E essa maquia vai para onde? E eu referi, um milhão de facturas, "por baixo", já que concerteza esse valor será muito maior. Logo um lucro exorbitante que a nós consumidores, nos custa cerca de 24 euros ao ano...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Mistério por desvendar


Alguem me consegue explicar porque é que, sendo Aveiro uma cidade ventosa, ainda não se equacionou rentabilizar o vento e instalar-se uma estação eólica "como deve ser"? Que necessidade temos nós de estar a viver "à custa" de energias compradas a terceiros se temos naturalmente "matéria-prima" para dar e vender?

Podem dizer que se trata de um investmento que não é compatível com o nosso orçamento. Podem argumentar que isto é algo para esquecer porque uma instalação destas causa desarranjos na fauna local. Podem argumentar o que quiserem... mas toda e qualquer razão que nos impeça de avançar com uma ideia destas "não pega".

Julgo que uma obra devidamente protocolada com dois ou três munícipios vizinhos seria perfeitamente execuível. Estou certa que Ílhavo, Estarreja e Murtosa, não diriam que não. Os benefícios seriam por demais evidentes para toda esta região. Ah... há o problema da fauna! Exacto. É efectivamente um problema. Por causa de um rato raro que prolifera por aqui nas nossas "ilhas", ou um pássaro qualquer que nidifica ou prefere as nossas águas e marinhas para descansar enquanto migra, são razões mais que suficientes para se bloquear esta ideia.

Sines abastece a sua cidade com esta energia. O que produz, chega e sobra, isto é, Sines consegue vender parte do que produz para os seus concelhos limitrofes. Em Sines, não há ratos raros, nem aves migratórias. Só aqui é que há. Da mesma forma, as estações que encontramos no Caramulo, na Serra dos Candeeiros e em muitas outras "altitudes" nunca estorvaram ninguém. Só em Aveiro é que se estorva sempre alguém.

Será falta de visão? Compadrios de alguma espécie? Medo de arriscar? Leva-me a crer que há interesses ocultos nesta situação, até porque não é preciso ser-se muito inteligente para alguém se lembrar de uma coisa destas.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Artérias-Queijo suiço

Se há algo que me faz espécie é a forma como se encara a pavimentação das nossas vias de comunicação. Nasce uma rua. Alcatroa-se. Assim que começa a haver movimento e a construção de edifícios eclode, abre-se uma vala para a EDP. Tapa-se o buraco "minimamente". Passado uns tempos, vem o Gás. O ciclo repete-se. Depois a TV Cabo, e estes vão tapar minimamente um buraco minimamente tapado pela companhia do gás que entretanto tinha já tapado minimamente o buraco minimamente tapado pela EDP... já para não adiantar a roda dos "minimamentes" dos projectos de saneamento.

Mas como é isto? Brincamos?? Não há nada que preveja que, assim que alguem decide "esburacar", sejam convocados todos os outros serviços para estruturar tudo em conjunto? Porque carga de água se investe numa primeira pavimentação que só o é "a prazo"? E porque é que, a autarquia pavimenta, os outros despavimentam e a autarquia tem de re-pavimentar?

Temos ruas, avenidas, estradas municipais completamente degradadas, à espera de receber um pouco mais de alcatrão por causa de buracos que se foram fazendo, a espaços, mas que nunca foram devidamente cobertos. Os contribuintes, principais interessados nas infraestruturas urbanas podem ser tudo mas não são lorpas. E lá porque pagam serviços têm de engolir estes contratempos?

Este tipo de situação é um autêntico "chove-não-molha" que só deteriora a imagem da própria cidade. Há concerteza dispositivos legais para que se ultrapasse esta bandalheira que existe à porta das nossas casas. Há, pois, que os activar por forma a que estas questões sejam devidamente ultrapassadas.

domingo, 25 de outubro de 2009

Às voltas com o Estádio


Longe de mim estar a deitar achas numa fogueira que não ateei. No entanto, e porque considero que se trata de um problema municipal, ao qual não tenho como fugir enquanto contribuinte, deixo aqui alguns pensamentos que me assomaram desde que estalou a polémica.

Não quero crer que haja algum gosto ou prazer especial em se impludir uma obra daquelas. Apenas lamento o facto de não se ter perspectivado aquela construção (e os resultados da mesma) a longo prazo, de uma forma políticamente correcta. Hipotecaram-se as finanças de toda uma região em torno de dois jogos ali disputados no Euro2004 e ainda por cima com honras de casa cheia em apenas um deles. Exceptuando estes dois, apenas três com a selecção nacional e... ficamos por aqui.

Aveiro não tem (nunca teve e não se perspectivaria nunca) ocupantes para uma casa daquele tamanho. Ponto. Nem a teria, mesmo que se pretendesse alguma vez, usar o EMA como palco para jogos de equipas da região. Logo aqui, há megalomania a mais. Independentemente de se ter avançado com o projecto do Parque Desportivo de Aveiro, este nunca cresceria da noite para o dia. E nem com o tão falado centro de estágios, pista de hipismo ou campos de golfe, o estádio deixaria de ter a valência que tem hoje. Nenhum praticante destes desportos usaria o Estádio para as suas actividades. Nunca deixaria de se tratar de um mastodonte colorido no meio da paisagem. Aveiro é uma cidade com cerca de 70.000 habitantes. Destes, há uma enorme percentagem que não liga "à bola". O antigo Mário Duarte enchia quando vinham cá os três grandes ou quanto muito quando se previa que o Beira Mar subiria de divisão. E tinha quê? 15 mil lugares? Metade deste, portanto.

Logo aqui, se podia prever algum insucesso na pretensão de se construir um estádio deste calibre na cidade. Porém, se efectivamente havia "vontade política" e "estudos que sustentassem uma obra daquelas (que entretanto caíram no contraditório), mais do que pensar o espaço envolvente como área de equipamento desportivo, devia ter-se dotada a mesma com (da mesma forma que Coimbra fez) um grande espaço comercial. Nem que fosse dentro do próprio estádio. Coisa que, óbviamente o EMA não dispõe. Ou melhor, dispõe, só que não está adequado à realidade.

É lógico portanto que muita gente veja aquele espaço como um "elefante branco". Será compreensível que se pretenda impludir aquele edifício. É uma "renda" sustentar um "bicho" daqueles. E venha o Tomás Taveira, ou quem quer que seja, defender o contário que, nestes aspectos, não têm razão nenhuma. (Para o Arquitecto, foi apenas mais uma forma de sacar uns "tustos" e mais nada. Porquê? Simples: Todos os estádios por ele projectados, estão desenhados tipo "chapa-4". Que raio... tantos exemplos de concepção por este mundo fora e logo os Estádios de Alvalade, Leiria e Aveiro, parecem ter o mesmo ADN!!

Mas por outro lado, e indo ao encontro daquela velha máxima "comeu? tem de casar!" a implusão não terá muitos adeptos. Não sei até que ponto aquilo ainda pode ser rentabilizado extra-futebol. Não vai ser concerteza com os 300 adeptos que o Beira Mar dispõe por cada jogo em casa. Mas se temos um palco daquele tamanho, que tal rentabilizá-lo de outra forma? Qual o custo de uma implosão? Compensará o custo de um arranjo base, por forma a que se alterem as valências do próprio estádio para que este possa arcar com outros espectáculos extra-futebol? Temos camponatos motorizados aqui ao lado em Águeda; não haverá forma de se efectuar uma temporada ou jornadas de motocross "indoor"? Espectáculos musicais? Concursos radicais? Monster Trucks?

Poderão de facto contrapôr que se tratam de ideias líricas. Concordo. Também há lirismo na ideia que um estádio de 30.000 lugares será rentável numa cidade como Aveiro. E mais ainda com uma equipa que se não luta para subir, luta para não descer.

Tenho para mim que a ideia da implosão só será uma boa ideia... apenas DEPOIS  de se tentarem outras alternativas e em caso de insucesso. Antes disso, definitivamente, não.

Acresce adiantar que a ideia da implosão é algo que poderá fazer "esquecer" outro aspecto: é que mesmo que se imploda o EMA, está operação não é nada barata... e o estádio, mesmo assim, continuará por pagar...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Armadilhas pedonais

Pouco ou nada percebo das disposições que o Código de Estrada, - em conjunto com quem planeia as cidades (especialmente as vias de comunicação) -, refere sobre as distâncias mínimas a que uma passadeira deve ser colocada após um cruzamento. Esta questão, parecendo de somenos importância, carece de alguma preocupação para todos, enquanto peões ou condutores. Estou a visualizar assim de repente, as passadeiras existentes nas pontes, principalmente aquelas que escoam o trânsito da rotunda: em frente ao Café Ria e a que serve de acesso à Rua de Viana do Castelo. Além da inclinação da própria praça, além do trânsito que se faz sentir - especialmente em hora de ponta (se bem que naquele ponto da cidade, esse conceito não existe própriamente) e consequentemente da atenção já por si redobrada pela circulação, mal nos estamos a recompôr desses segundos de stress, deparamos com uma passadeira, mesmo em cima da curva. O que, convenhamos, deita por terra todo o tipo de escoamento que se pretenda fazer naquela praça.

Fica-me a sensação (ainda que sarcástica) que haverá algures num código qualquer uma teoria que diga: "Após uma curva há sempre uma passadeira". E um corolário lapalissiano "Quando chegar à passadeira, prepare-se para peões que ou passam devagar, às "pinguinhas" ou aos magotes".

Se um dos propósitos da existência de rotundas/praças giratórias é minorar o número de acidentes rodoviários, então a colocação das passadeiras a seguir às mesmas, contradiz tudo isto.

Outros exemplos dignos de realce, poderão ser os que se encontram em todas as artérias que cruzam ou convergem na Av. Dr. Lourenço Peixinho. Em alguns casos, tratam-se de verdadeiras passadeiras nascidas à tangente com os passeios. (ex. Livraria Vieira da Cunha, Estudio 2002).

Será que não existe uma alternativa mais cuidada sobre estas questões? Esta distância não pode ser aumentada para, digamos uns 20m e não os 5m (ou menos) como se vê por aí? Não se estaria desta forma a minimizar riscos de acidente permitindo que os acessos fossem efectuados de forma mais fluente e cuidada?

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Baldios urbanos

Aveiro é, por excelência, uma cidade "plana". Cómoda para quem cá vive e trabalha e um descanso para quem vem de fora, habituado ao permanente "sobe & desce" dos seus lugares. Houve quem dissesse um dia, que a luz de Aveiro era diferente da de outro lado qualquer. E é. Sem querer tomar partido do meu bairrismo nem querer parecer facciosa, a verdade é que Aveiro é uma cidade luminosa, aberta, limpa. Há um misto de ruralidade latente, mesmo no centro da nossa cidade que não se vê em mais lado nenhum. Talvez ainda estejamos a resistir ao avanço do betão. Noutros casos, as cidades são deglutidas por construções e mais construções desprezando alguns traços de "natureza" que poderiam ali resistir. Ou talvez seja eu que vejo as coisas de maneira diferente.

A prova disso, o sinal deste poder-se respirar cá dentro, de não haver uma certa "claustrofobia" é o facto de, aqui e ali, haver um cantinho plantado, uma zona relvada, algo que nos permita olhar um pouco mais além. No entanto, também (ainda) existe muito baldio ou, por outro lado, espaços que poderiam estar melhor tratados (não diria em modo definitivo, apenas tratados) do que realmente estão.

Excluindo aqueles que se encontram abrangidos por terrenos de construção ou onde esteja previsto qualquer arranjo a curto prazo, de repente, poderei citar alguns:

- Ilha do Canastro. Paredes meias com uma área nobre da cidade (Sá-Barrocas), toda aquela zona, apesar de abrangida, segundo suponho, por um Plano de Pormenor Municipal (e com a previsão da implantação de uma vastíssima área de lazer), é um esgoto a céu aberto. Pode não sê-lo na verdadeira acepção da palavra (o que duvido), no entanto não deixa de criar uma imagem de desleixo tremendo num local que exige já por si, uma atenção especial. Bem sei que as coisas não são resolvidas com o bulldozer a entrar por ali e limpar o que quer que seja. Os terrenos devem pertencer a alguém que provavelmente não está para "negociatas" e muito menos para cedências à autarquia a troco de uma limpeza geral. Quer-me parecer que deveria haver uma qualquer imposição camarária (ou de outra natureza) que forçasse (o termo é mesmo este) a que os proprietários de terrenos nestas condições, tivessem de proceder à limpeza ou desbaste, de forma periodica, por forma a não permitir que chegassem ao ponto em que (nestes casos) se encontram. Ou que a permitissem, por quem de direito, sem contrapartidas de qualquer espécie.

- Estacionamento adjacente ao Hotel Melia. Não deve haver, no momento, pior cartão de visita daquela unidade hoteleira do que o estacionamento ("terra" batida) à sua frente. E pior do que isso, aquela encosta e aquele "poço" que lhe são adjacentes. Aquele terreno serve de estacionamento a algumas centenas de pessoas ao longo do dia (às vezes passo por ali e parece mais um estabelecimento de venda de automóveis usados a céu aberto), quer sejam hóspedes do hotel, quer funcionários do edifício do Centro de Congressos, e segundo já constatei, exige alguma destreza e concentração para não se estragar os veículos, quer à entrada, quer à saída dos mesmos, tantos são os "altos e baixos" que o terreno apresenta. E venha uma chuvada mais forte e esses "altos e baixos" transformam-se em autênticas armadilhas. Da mesma forma, poderíamos apontar o dedo ao imenso canavial e matagal na dita encosta. E o mesmo seria dizer dos acessos ao próprio Centro de Congressos, de quem passa pela passagem inferior vindo da Forca. Não faz muito sentido ter-se tudo muito lindinho nos "relvados" da Avenida Dr. Sá Carneiro onde existe um índice de construção baixíssimo (para não dizer nulo) e ao acedermos ao CCA depararmos com um "espectáculo" deplorável.

E outros mais... Zona Nascente à Estação da CP, Terrenos da Frapil, tanta Luzostela para nada...

Numa altura em que se pensa criar um corredor verde entre o Alboi e Santiago, parece-me pertinente que se pense todos os outros espaços que a cidade tem e que, em abono da verdade, não lhe favorece a imagem.

Volto a repetir que compreendo perfeitamente que não se resolvem as coisas com um simples estalar de dedos. Entendo que haja muita "burocracia" por detrás de determinadas acções e estou certa que o que estou a escrever, não é novidade para ninguém... Mas não se perde nada por lembrar. 

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Rebaldaria ciclista

Sem querer cair na frase feita do "antigamente é que era bom", o tráfego de bicicletas nesta cidade é caótico. Lembro-me do meu pai um dia, - era uma míuda para aí dos meus 8 anos -, que se quisesse uma bicicleta, tinha de lhe prometer que depois iria tirar a carta. Recordo que a essa data, o tráfego automóvel era infinitamente menor do que é hoje. Era naquela altura em que se podia brincar seguramente nas nossas ruas, fosse a jogar à bola, à carica, ao peão ou outra brincadeira qualquer. Mas nesse tempo, andar de bicicleta "impunha" que esta tivesse matrícula e, não fosse o diabo tecê-las, tirar a licença de condução era aconselhável. É lógico que não havia polícias a multar por mau estacionamento, nem a ver se o seguro estava em dia. Mas fui mandada parar um dia, por ter decidido fazer "corta-mato" nas pontes, vindo da Barra, e depois de ter virado directamente para a R. João Mendonça sem ter dado a volta à rotunda.

Os anos passaram, o tráfego automóvel é muitíssimo maior... e a balda é mais que muita. Institui-se a BUGA como meio de transporte previlegiado numa cidade igualmente previlegiada para bicicleta. Considerou-se a construção de uma ciclovia interna (pelo menos há uma amostra na avenida e outra ao pé da universidade) onde num caso até dispõe de semáforos apropriados para o efeito. Porém, foi chão que não deu uvas... ou por outra: deu passas... Incompreensívelmente, as placas de matrícula já não são obrigatórias e a dita "carta de bicicleta" (que raio é isso??) é algo estranhíssimo para as gerações mais recentes.

O resultado está mais do que à vista: as bicicletas invadiram os passeios, circulam em sentido contrário, atravessam-se impunemente à frente de quem quer que seja, existe uma total indiferença pelos semáforos, etc...

Até podemos ter sido pioneiros nesta forma de estar e viver com as bicicletas. Trouxe-nos indubitavelmente um sentido mais ecológico à nossa forma de viver a cidade, de interagir com ela. Se calhar a ideia "readaptada" àquilo que se passava em algumas cidades lá fora, especialmente as holandesas, até faria algum sentido e seria de todo louvavel. Mas a realidade diz-nos que quando comparados com esses modelos, não passamos de uma autêntica anedota. A autoridade é complacente com estas atitudes. E muito sinceramente, parece-me que não há quem ponha mão nisto. Se o tráfego automóvel já era conotado com alguma arrogância, o ciclista também lhe está equiparado.

Será que não seria possível haver um protocolo conjunto entre as autoridades e a autarquia que solucionasse este problema? A cidade dispõe de muitos meios de divulgação de uma nova lei local que impeça este tipo de rebaldaria que parece cada vez maior. Nem se trata de obrigar os ciclistas a "tirarem a carta" ou de terem de "rematricular" as suas viaturas. Trata-se apenas de os sensibilizar para que as suas deslocações obedeçam inteiramente ao que está disposto no Código de Estrada e que as deslocações sejam feitas nos locais e nos sentidos apropriados. Julgo que com um pouco de boa vontade de todas as partes, poderíamos tornar a Capital da Bicicleta um pouco mais ordenada. Ou não?

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Prédios abandonados inquilinos indesejados

Não. Não se trata de uma tentativa sectária de resolver as coisas à força. A cidade está repleta de imóveis abandonados e consecutivamente de inquilinos de toda a espécie a habitar dentro deles. Além dos problemas sociais que uma situação destas acarreta, acima de tudo, trata-se de um problema de saúde pública. Tivemos "que tempos" um exemplo destes às portas da cidade (ex-Empresa de Pescas) onde desde malta proveniente das republicas de leste até toxicodependentes coabitaram naquele espaço. Tudo bem... era um tecto barato. Mas "tudo mal" se considerarmos que não havia o mínimo de condições para se morar ali dentro. Na "Luzostela" ocorreram algumas situações anormais, com perigo para quem passasse por ali. Mas estes são apenas alguns exemplos. Outros haverão mesmo no coração da cidade, (na Lourenço Peixinho nascem como cogumelos) que carecem de tratamento apropriado. 

Lembro-me de um dia, passeando em Vigo, ter reparado que tudo quanto fosse prédio abandonado, tinha todos os seus acessos (portas e janelas) vedados com tijolos (devidamente acondicionados e cimentados) por forma a impedir o acesso. Não será por certo a solução mais "estética" a tomar. Mas é concerteza a melhor atitude para prevenir as cidades de autenticos atentados à saúde pública e de igual forma condicionar a falta de segurança que um edifício destes poderá apresentar.  

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

CTT

Longe vai o tempo em que a distribuição do correio era feita por dois ou três carteiros, que calcorreavam a cidade e que a conheciam como a palma das próprias mãos. Às vezes melhor até. É certo que (este longe resume-se há uns bons 30 anos - data em que me recordo disso)  a cidade não era o que é hoje. Era a Vera Cruz, a Glória, Esgueira ainda ficava depois da linha, embora já fizesse parte da malha urbana, mas onde tudo o resto era "para lá da 109" e onde "Santiago ainda não existia". A cidade terminava no Hospital ou no "Ciclo" e para além destes pontos, toda a correspondência era entregue a nível local e com "gente da terra". 

A cidade cresceu, modernizaram-se os procedimentos das entregas, a rapidez das mesmas acompanhou o progresso das tecnologias até que chegámos aos dias de hoje.

Hoje, já não há carteiros como outrora. Por estranho que pareça, o correio "perde-se" mais hoje do que antigamente o que contraria sobremaneira o avanço tecnológico que convive connosco actualmente. Mas se antigamente o carteiro fazia a distribuição de bicicleta (se o fizesse) , hoje essa entrega é efectuada em motociclos. Compreende-se a utilização desses veículos dada a expansão urbana que a cidade sofreu ao longo destes anos. Os quadros dos CTT alargaram-se, toda a política de gestão de recursos humanos foi naturalmente alterada, todas as necessidades da população vieram a ser correspondidas com um serviço mais rápido e adequado.

Porém, não são raras as vezes que me deparo com estas entregas a serem feitas com o carteiro "montado" na sua viatura, movimentando-se não na via pública (ruas, avenidas) mas sim no espaço destinado aos peões (passeios). É gritante a falta de civismo que mostram quando abordados para esta situação e muito recentemente, depois de ter alertado uma carteira para o facto de poder haver algum dia um acidente com uma criança ou um idoso que saísse de repente da sua porta de casa, tive como resposta um "qual é o problema?". Noutra vez, a senhora carteira, talvez se sentindo "ofendida" com a chamada de atenção, pura e simplesmente, "esqueceu-se" da entrega e fez-se à estrada de volta sabe-se lá para onde...


Não acredito que esta situação seja do conhecimento do chefe destes cavaleiros do asfalto. Não acredito que os senhores carteiros (e senhoras também) tenham umas cabecinhas tão ôcas que não compreendam (e ouçam) as queixas que lhes são feitas na hora. É absolutamente criticável um acto desta natureza, por muito que compreenda que haja muito correio para entrega e que cada um tenha horários para cumprir. 

Que raio! Será assim tão complicado deixar a "lambreta" no inicio da rua e fazer a distribuição como antigamente? Será por puro comodismo? Falta de preocupação com o ambiente? Indiferença para com os riscos que podem correr? Ou simplesmente desdém para quem anda nos passeios... a pé? É ridículo vê-los num pára-arranca constante de 5 em 5 metros...


Depois, muito naturalmente, ouvem-se os "onde é que anda a polícia numa hora destas?" pois a cidade, assim, tem tudo... menos urbanidade.

Mais um?

Estamos longe de viver numa cidade imperfeita. Mas mesmo com todas as vantagens que encontramos por cá viver ou trabalhar, há diversos aspectos que contradizem algumas leis da urbanidade, pequenas imperfeições que podem - e devem - ser olhadas de outra forma, facilitando a vida a todos os que por aqui respiram Aveiro.

Não será (esperamos) também um blog de confronto político. Aveiro é uma cidade conhecida pela tolerância política e onde, à parte as nossas ideologias, a sã convivência é um modo de estar e ser. Práticamente nos tratamos todos pelo nome. No entanto, "et pour cause", o nosso anonimato irá manter-se até acharmos por conveniente. Cada um dos nossos colaboradores está consciente dos deveres e dos direitos que nos assiste na execução deste espaço.

Pretendemos apenas que se debatam ideias. Que se sugiram soluções. O blog poderá não ter peso algum na blogosfera local, mas com um pouco de boa vontade poderemos alertar quem de direito para algumas "indignações" que fazem parte do nosso dia-a-dia.


Começemos então...