quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Reza o Código de Estrada que...

...é proíbido parar/estacionar nas rotundas.

No entanto, e mesmo sabendo que um veículo da autoridade está isento por inerencia a esta proibição, é impressão minha ou vejo cada vez mais operações STOP feitas nas rotundas da cidade? A rotunda por detrás do Oita é um crivo de controladores de tráfego e veículos parados. Invariavelmente, quando passo por lá, noto que existe um contingente polícial estacionado a mandar parar alguns veículos na mesma rotunda. Nas horas de ponta nunca falham! Por volta das 17.30h - 18.30h lá se encontra um piquete estacionado. E muitas vezes veículos que têem de se desviar da sua própria rota para obedecer à autoridade. 

Tratando-se de um local onde toda a atenção tem de ser redobrada, uma operação daquelas naquele local, não trará mais um perigo acrescido?

Quem diz a rotunda do Oita, também pode acrescentar a da Forca, a do Hospital, entre muitas outras.

Será impressão minha, ou é mesmo assim? Quer dizer... não haverá outros locais mais apropriados para se efectuarem as operações (necessárias, sem dúvida!) sem que se coloquem em risco o tráfego automóvel minorizando os riscos de acidentes?

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Até quando?

Se há algo que me mete espécie, é o atraso na remoção dos cartazes eleitorais. Como se não bastasse termos de aturar com autênticos atentados à imagem urbana que são os outdoors, mupis, entre outros, que por vezes ferem a paisagem, temos de gramar com cartazes de tamanhos variados, espalhados um pouco por todo o lado, diria que "ad aeternum", até que alguém se lembre de os remover.

Não sei se a Comissão Nacional de Eleições (ou lá como se chama o organismo que tutela este direito cívico) tem nos seus regulamento internos alguma disposição que verse sobre este assunto. Da mesma forma que é respeitado o período de reflexão pré-eleitoral, deveria ser obrigatório que se removesse toda aquela parafernália propagandística que, ainda hoje, prolifera pela cidade sob pena de coima por dia após esse acto. 

Qualquer rotunda nesta cidade está poluída por cartazes que há muito já lá não deveriam estar. É ruído visual a mais por quem circula na cidade. Pergunto: Até quando?

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Contradições

Chegou-me recentemente a este espaço, um comentário de alguém que se sentiu indignado sobre as afirmações de um bloguista aveirense, "jornalista e formador" como se apresenta onde descreve (citando o próprio) que "Aveiro é uma cidade de merda." (artº "Dor e Ódio", de 31 de Outubro).

Relativamente a esta afirmação tenho a declarar o seguinte:

- É uma contradição alguém tecer uma afirmação deste calibre num blog que se intitula "Aveiro Sempre".
A menos que o senhor se trate de alguém com predisposição para mexer em matéria fecal - é jornalista e neste campo se ainda não teve o condão de separar o trigo do joio, acredito que trabalhe com muita - posso atribuir-lhe um "quoi" de razão. Apenas e só. Nunca se deverá contrariar quem fala com conhecimento de causa, e eu, que pouco ou nada percebo de merda, estarei aqui para aprender. Mas prefiro continuar na santa ignorância pois prefiro deixar isso para tal douta criatura.

- É de uma imbecilidade tremenda, confundir-se a cidade com o Beira-Mar. Há cagaréus de gema que nunca foram sócios daquela colectividade ou que nunca tiveram por ela qualquer espécie de vínculo. O sr. Pedro Neves, comparou-os, portanto, a habitantes da merda;

- Os cagaréus, como os bicudos, ceboleiros e outros que, mesmo tendo algum carinho pelo Beira Mar, não o endeusam a ponto de confundir as duas coisas serão, segundo o sr. Pedro Neves, outros habitantes da merda;

- Todos os que votaram em Élio Maia, são, por conseguinte, habitantes da merda. Da mesma forma, os que não o fizeram e que se estão a borrifar para o Beira Mar, também serão, segundo as palavras do sr. Pedro Neves, habitantes da merda.

- O Galitos, o CENAP, o Esgueira, o Recreio Artístico, o Estrela Azul, entre outros, por atacado, também são sócios e habitantes da merda, segundo as palavras do excelso e muy douto sr. Pedro Neves.

- Ou seja, safam-se aqueles a quem, tão amistosamente o sr. Pedro Neves teve o dom de não barrar os comentários nesse artigo. Porém, como pessoas que supostamente vivem cá, não sendo habitantes da merda, poderão ser eventualmente denominados, moscas da merda, certo?

Sr. Pedro Neves: até há bem pouco tempo, eu poderia tê-lo em consideração. Não o conhecendo pessoalmente, (e agora nem sequer querendo ter esse privilégio) julgava-o uma pessoa a quem se deveria dar algum crédito pela informação constante no seu blog. Pelo menos no referido acima. Neste momento, o sr. não merece um mínimo de credibilidade. Está descontente com a cidade que (se calhar) o viu nascer a ponto de lhe atribuir esta comparação? Meu caro, Aveiro não precisa de si. Saia. Vá pregar para outra freguesia, de preferência para qualquer uma que não pertença à nossa região. Aveiro acolhe bem as pessoas. Mas acredite, ignorará facilmente quem a tratará mal. E mais do que se atirar ao ar por aquilo que os outros fazem ou deixaram de fazer, escorraçam quem a trai. Neste momento, com essa afirmação, o Sr. está definitivamente fora do barco.

Não há cidades perfeitas e Aveiro está longe de ser um exemplo. Como todas as outras. Cada qual, terá os seus próprios pruridos, as suas próprias maleitas. Mas invariavelmente, não se confundem com os Clubes mais representativos. Já havia muito Aveiro antes de alguém ter "inventado" o Beira-Mar. A idade deste clube é uma migalha comparada com a história de Aveiro. Só um néscio se lembraria de confundir as coisas.

Com a mesma legitimidade que o senhor julgou ter quando escreveu tal coisa, aceite o meu conselho:
Vá  bardamerda!

Por falar em avenida...

Não me querendo imiscuir na tarefa que os meus colegas bloguistas dos amigos da avenida decidiram levar em diante, e talvez remetendo-me à posição de mera curiosa e observadora, surgem-me de repente algumas questões.

Uma delas tem a ver com  o piso em paralelo. Será o mais adequado áquela artéria aveirense?

Este tipo de material não terá um desgaste assim tão grande. Ou pelo menos, tendo-o, notar-se-á a longo prazo. A erosão, o choque e as cargas constantes a que está sujeito, desgastam qualquer tipo de solo e o paralelepípedo não fugirá à regra. No entanto, estou em crer que há uma disparidade "morfológica" naquela avenida que a todos salta à vista: as árvores da placa central e o dito paralelo não "casam". Ou se casam estão sempre em conflito. Existem zonas onde se nota um abate, uma concavidade no piso que, pressupostamente não deveria existir. No entanto, em termos de escoamento de águas pluviais e outras, o material parece-me perfeitamente ajustado. O mesmo já não se pode dizer onde as superfícies pontualmente, se encontram desgastadas ou polidas, o que, à mais pequena travagem podem originar alguns problemas.

A meu ver, a Dr. Lourenço Peixinho, (perdoem-me os defensores mais acérrimos) não beneficia em nada com a presença de árvores daquele porte. O próprio mobiliário urbano (o pouco que vai existindo, especialmente os candeeiros) poderia já ter sido trocado por outros mais eficientes, menos altos, mas decididamente mais "luminosos". Se alguem eventualmente achasse que o verde beneficiaria aquele traçado, nada como uns arbustos. Uma fileira central numa avenida com duas faixas de rodagem em cada sentido e isenta de estacionamentos (alargando assim os passeios) seria mais que suficiente para se tornar uma avenida que, quanto a mim peca pela falta de traço, incaracterizada, portanto, num local mais aprazível, mais aberto, mais airoso.

Infelizmente, (mais uma vez uma opinião meramente pessoal) se a Avenida é uma referencia local, muito se deveria estudar, pensar, projectar e elevar, no sentido de se tentar caracterizar um espaço que - quanto a mim - merecia muito mais que uma total desorganização arquitectónica. Lamento dizê-lo, mas a nossa avenida será a mais feia que já vi na minha vida. A transição do velho para o novo não foi de facto bem conseguida, e tendo-se catalogado de interesse arquitectonico mais recentemente alguns (muitos) edificios em estado de deterioração cada vez mais evidente, compõe um quadro não me agrada de todo.

Se por um lado essa via se desertificou com a chegada do Fórum, por outro nada foi pensado "com pés e cabeça" para se recirar a avenida para algo menos comercial para algo, quiçá mais cultural ou lúdico. Admitiria de bom grado apenas os atravessamentos (alguns) existentes. Mas nunca a ideia radical de o vedar total ou quase totalmente, tornando-a numa "Rambla".

Infelizmente, não possuo meios suficientes para avaliar qual (ou quais) projectos foram pensados para aquela via. Apenas espero que isto tudo não se trate de mais um projecto de gaveta e que saia definitivamente do papel. Aveiro merece-o.