sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Armadilhas pedonais

Pouco ou nada percebo das disposições que o Código de Estrada, - em conjunto com quem planeia as cidades (especialmente as vias de comunicação) -, refere sobre as distâncias mínimas a que uma passadeira deve ser colocada após um cruzamento. Esta questão, parecendo de somenos importância, carece de alguma preocupação para todos, enquanto peões ou condutores. Estou a visualizar assim de repente, as passadeiras existentes nas pontes, principalmente aquelas que escoam o trânsito da rotunda: em frente ao Café Ria e a que serve de acesso à Rua de Viana do Castelo. Além da inclinação da própria praça, além do trânsito que se faz sentir - especialmente em hora de ponta (se bem que naquele ponto da cidade, esse conceito não existe própriamente) e consequentemente da atenção já por si redobrada pela circulação, mal nos estamos a recompôr desses segundos de stress, deparamos com uma passadeira, mesmo em cima da curva. O que, convenhamos, deita por terra todo o tipo de escoamento que se pretenda fazer naquela praça.

Fica-me a sensação (ainda que sarcástica) que haverá algures num código qualquer uma teoria que diga: "Após uma curva há sempre uma passadeira". E um corolário lapalissiano "Quando chegar à passadeira, prepare-se para peões que ou passam devagar, às "pinguinhas" ou aos magotes".

Se um dos propósitos da existência de rotundas/praças giratórias é minorar o número de acidentes rodoviários, então a colocação das passadeiras a seguir às mesmas, contradiz tudo isto.

Outros exemplos dignos de realce, poderão ser os que se encontram em todas as artérias que cruzam ou convergem na Av. Dr. Lourenço Peixinho. Em alguns casos, tratam-se de verdadeiras passadeiras nascidas à tangente com os passeios. (ex. Livraria Vieira da Cunha, Estudio 2002).

Será que não existe uma alternativa mais cuidada sobre estas questões? Esta distância não pode ser aumentada para, digamos uns 20m e não os 5m (ou menos) como se vê por aí? Não se estaria desta forma a minimizar riscos de acidente permitindo que os acessos fossem efectuados de forma mais fluente e cuidada?

1 comentário:

Alírio Camposana disse...

A seguir a uma boa curva, preferencialmente cega, há sempre uma travessia de peões!

É o reflexo de algo que vai mal num país que, regra geral, também pensa que o Código da Estrada é meramente sugestivo. Onde facilmente se é insultado porque se pára num sinal de STOP.

Já agora, sabiam que o tal Código proíbe a circulação de bicicletas em cimas dos passeios?

Cumprimentos.

avc